quarta-feira, 24 de julho de 2013

ATIVIDADE SOBRE: MEIO AMBIENTE E PECUÁRIA EM RONDÔNIA (exemplo da microrregião de Ji-Paraná).

EEEFM Janete Clair                                                                                                Data : ______/______/_________
Professor : Gilberto
Disciplina : Geografia                                                                            Valor : _+++++_____   Nota : ____________
Série : _______________                                 Turma : _  A_    /___B__                                      
Aluno (a)  : _________________________                                 ___­­_______________________ nº ________
ATIVIDADE AVALIATIVA
Leia o texto atentamente, em seguida responda as questões.

                Introdução
                A pecuária é definida como a prática de criar animais domesticados, abrangendo o processo de criação de bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos, sendo exercitada em pequena, média ou grande escala. A prática extensiva faz uso de técnicas rudimentares obtendo baixa produtividade destinada ao consumo familiar e comercial quando há excedente ou para fins de especulação imobiliária ou de capital. Quanto à prática intensiva, seu objetivo é a aplicação de técnicas modernas obtendo bons resultados, exceto quando ocorrem os azares climáticos, tais resultados geralmente são destinados aos setores industrial (bens de consumo não duráveis) e comercial. (consumidor final – restaurante, feiras, supermercados e população)
                Para o desenvolvimento da atividade pecuária faz-se necessário um levantamento de informações dos aspectos ambientais, sociais, políticos e econômicos.

                Os aspectos ambientais e suas influências na pecuária.
                Sobre o quadro natural regional observa-se grande diversidade, podendo classificar a vegetação como floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aberta, floresta estacional semidecidual tropical, cerrado e áreas de transição. Na região centro-leste do estado, observa-se a presença de vegetação campestre associada ao cerrado, também conceituada vegetação de transição, floresta ombrófila e mata ciliar.
                Caracterizando os domínios vegetais observa-se: formação de florestas (árvores de pequeno, médio e grande porte, variando entre quatro e cinquenta metros de altura), floresta ombrófila (vegetação arbórea típica de regiões chuvosas), floresta estacional semidecidual (vegetação arbórea apresentando-se em determinados períodos recoberta por folhagem geralmente esverdeada e no período de estiagem torna-se uma vegetação caducifólia – perda total da cobertura vegetal), cerrado (vegetação com tamanho diversificado, apresentando plantas rasteiras (gramíneas), arbustivas (plantas com muitos galhos, retorcidas, casca grossa e poucas folhas, com altura entre cinquenta centímetros e dois metros) e arbóreas (árvores com troncos retorcidos, casca grossa, muitos galhos e poucas folhas) geralmente apresentam raízes profundas (devido a deficiência hídrica) e durante os meses de estiagem a folhagem passa de um tom esverdeado para amarelado, tornando-se uma vegetação ressequida com aspecto de plantas sem vida).
                As atuais áreas de cerrado e de vegetação de transição são fortemente exploradas pela pecuária extensiva, onde os animais são criados soltos, aproveitando a vegetação natural sem a necessidade da prática do desmatamento. Nas áreas de cobertura vegetal do tipo floresta, ocorreu um intenso desmatamento, sendo transformadas em pastagens artificiais.
                Os solos da região em destaque apresentam pequena diversidade, podendo considerá-los pobres ou de pouca fertilidade, principalmente os que apresentam carência de cálcio, potássio, nitrogênio ou outro nutriente importante para as plantas. Tal conceito é relativo, pois atualmente é possível tornar fértil um solo pobre com a utilização de modernas tecnologias, sendo o uso inadequado alvo passível de empobrecimento da área que pode também iniciar um processo de desertificação.
                A maior parte dos solos férteis localiza-se ao longo do eixo da rodovia BR-364. De acordo com LIMA (1997)¹:
...algo em torno de 80% (oitenta por cento) da área estadual serve para atividades agropastoris; 25% (vinte e cinco por cento) não apresentam limitações para uso; 15% (quinze por cento) possuem ligeira limitação de uso devido a possível ação erosiva; 38% (trinta e oito por cento) apresentam limitações ao uso por estarem muito expostos a ação do tempo; e 6% (seis por cento) são aptos a prática da pecuária.
                Constatam-se dois grandes domínios de solos na porção centro-leste do estado:
- solos argilosos de mediana profundidade, ricos em minerais ferromagnesianos ocorrendo nas porções do latossolo vermelho e amarelo entre os municípios de Ouro Preto e Ariquemes;
- solos podzólicos vermelho amarelado de pouca profundidade, classificados como arenoso na superfície e argiloso na porção inferior, ocorrendo a formação de cascalhos desde a nascente do rio Ji-Paraná no município de Pimenta Bueno até sua foz no rio Madeira após a cidade de Porto Velho.
                A prática da pecuária intensiva possibilita a conservação dos solos, pois geralmente ocorre uma rotatividade de animais dentro de um espaço restrito, permitindo o cultivo de pastagens diversificadas com algumas espécies arbóreas e até mesmo o desenvolvimento de capineiras (algumas espécies de cana-de-açúcar destinadas a bovinos ou bubalinos). Os animais também podem ficar confinados por um período maior, recebendo alimentação em superfícies adequadas. Quanto à prática extensiva constata-se que, um número menor de animais por hectare pode levar a uma conservação do solo e posterior adubação natural com a decomposição do estrume dos animais. Quando ocorre uma intensificação de animais por hectare, pode ocorrer um processo de compactação do solo por pisoteio, o que pode levar a um processo de desmineralização, aridez e consequentemente, em longo prazo, a desertificação da área, como tem ocorrido em algumas regiões do Rio Grande do Sul.
                Os domínios climáticos da região são equatorial e tropical, podendo constatar em alguns anos a friagem, fenômeno que ocorre geralmente no mês de julho, com a passagem da massa de ar polar atlântica.
                O clima equatorial é marcado pelas elevadas temperaturas durante todo o ano (entre 25° e 40° C) e chuvas distribuídas entre os meses de outubro e maio (média de 2500 mm), sendo que, de maio a outubro ocorre o período de estiagem (média de 250 mm). O clima tropical apresenta verões quentes (entre 20° e 30°C) e chuvosos (média de 1700 mm), os invernos deveriam ser brandos e secos, porém as baixas latitudes e a forte influência do clima equatorial faz com que as temperaturas oscilem acima de 20º C. Quando ocorre o fenômeno friagem, as baixas altitudes no interior do estado permitem a passagem da massa polar atlântica, provocando quedas de temperatura abruptas (exemplo: de 25º C para 13º C).
                Estes domínios climáticos não são favoráveis ao desenvolvimento de um plantel com animais típicos das regiões sul e sudeste (raça holandesa), porém observa-se em grande escala criações de animais girolando (cruzamento das raças gir com holandês) e gir leiteiro, que se adaptam as condições climáticas do estado.
                Na porção centro-leste do estado localiza-se uma extensa área de planaltos residuais sul-amazônicos, formados na era geológica arqueozoica, sendo sua constituição superficial associada aos sedimentos oriundos da decomposição do planalto mato-grossense, das chapadas dos Pacaás Novos e dos Parecis, dos inselbergs, dos morros isolados e algumas cristas regionais. Na região também são encontrados afloramentos graníticos, lateritos e matacões de tamanhos diversos. As superfícies aplainadas apresentam rochas sedimentares do pleistoceno, resultantes da ação erosiva ocorridas em períodos geológicos anteriores, o que possibilita a presença de um clima seco com escassa cobertura vegetal. Localizam-se nesta porção do relevo, alguns lajeados e cachoeiras que afloram no médio curso do rio Ji-Paraná (Dois de novembro, São Vicente, Quatro de março, São Francisco, Tabajara e Quatá). Nas proximidades com o estado do Mato Grosso localizam-se as serras São João e Machado, divisores das bacias hidrográficas dos rios Ji-Paraná (Machado) e Roosevelt. De acordo com LIMA ², a chapada dos Pacaás Novos também é um divisor de águas das bacias Ji-Paraná e Roosevelt.
                Um importante fator para alteração do modelado na superfície é a ação de agentes externos (influenciado pelo tempo – tendo como elementos básicos o vento, a temperatura e a umidade) que ocasionam o intemperismo e a erosão. O intemperismo pode ser físico, químico ou biológico, retratando-se como processo lento que pode durar meses ou anos. O fenômeno físico ou mecânico é provocado principalmente pela variação de temperatura que pode ocorrer num mesmo dia ou no transcorrer de um ano ou mais. O fenômeno químico é ocasionado pela ação da água que desagrega os minerais compostos numa superfície rochosa, podendo iniciar o processo de formação do solo superficial. O intemperismo biológico é ocasionado pela ação de decomposição das rochas através da atividade de seres vivos (animais, vegetais, fungos, bactérias e insetos). O processo erosivo está relacionado diretamente com a ação do tempo em curto período, sendo também caracterizado pelas alterações climáticas de determinadas áreas.
_________________________________________
¹, ² LIMA, Abnael Machado de. Terras de Rondônia. 1997.

Após a leitura, você constatou algumas palavras e termos de difícil compreensão.

1ª No próprio texto, marque (sublinhe ou destaque) as palavras que você desconhece ou considera de difícil compreensão.

2ª Em seguida, faça uma lista em ORDEM ALFABÉTICA. Lembre-se não tem limite de palavras.

3ª Para você, o texto não tem tema e nem título. Qual seria o tema que você daria para o texto?  E agora você pode também dar um título para ele!

4ª O que é pecuária?

5ª Existem quantos tipos de pecuária?

6ª Descreva as características que diferenciam a prática da pecuária intensiva para a prática da pecuária extensiva:

7ª O que deve ser necessário para o desenvolvimento da pecuária numa determinada região?

8ª Nos 3º, 4º e 5º § (parágrafos) foram descritos alguns aspectos da vegetação de nosso estado. Elabore uma tabela com o domínio vegetal, suas características naturais, alterações antrópicas (realizadas pelo ser humano), atividades econômicas aplicadas em cada domínio e se há preservação ambiental ou não.
Exemplo da tabela.

Domínio de vegetação
Características naturais
Alterações antrópicas
Atividades econômicas
Preservação ambiental


- floresta ombrófila densa.
Vegetação arbórea fechada, isto é, copas que se encontram, dificultando a entrada do sol até a superfície, mantendo o solo sempre umedecido.
Desmatamento para exploração de madeiras e transformação do espaço para o desenvolvimento da pecuária extensiva e intensiva.
. Extrativismo vegetal;
. Caça e pesca;
. Pecuária de corte; e
. Pecuária leiteira.
. Na áreas próximo aos rios é possível observar a preservação das matas;
. Na áreas afastadas dos rios ocorre um intenso desmatamento.

- floresta ombrófila aberta.






- floresta estacional semidecidual tropical.



















9ª O que é solo?

10º O que é necessário para classificar um solo como fértil ou de pouca fertilidade?






Nenhum comentário:

Postar um comentário