EEEFM
Janete Clair Data : ______/______/_________
Professor
: Gilberto
Disciplina : Geografia Valor : _+++++_____ Nota : ____________
Disciplina : Geografia Valor : _+++++_____ Nota : ____________
Série
: ___3º____________ Turma
: _ A_ /___B__
Aluno
(a) :
_________________________ __________________________ nº ________
ATIVIDADE
AVALIATIVA
Leia
o texto atentamente, em seguida responda as questões.
Introdução
A pecuária é definida como a
prática de criar animais domesticados, abrangendo o processo de criação de
bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos, sendo exercitada em pequena,
média ou grande escala. A prática extensiva faz uso de técnicas rudimentares
obtendo baixa produtividade destinada ao consumo familiar e comercial quando há
excedente ou para fins de especulação imobiliária ou de capital. Quanto à
prática intensiva, seu objetivo é a aplicação de técnicas modernas obtendo bons
resultados, exceto quando ocorrem os azares climáticos, tais resultados
geralmente são destinados aos setores industrial (bens de consumo não duráveis)
e comercial. (consumidor final – restaurante, feiras, supermercados e
população)
Para o desenvolvimento da
atividade pecuária faz-se necessário um levantamento de informações dos
aspectos ambientais, sociais, políticos e econômicos.
Os aspectos ambientais e suas
influências na pecuária.
Sobre o quadro natural regional
observa-se grande diversidade, podendo classificar a vegetação como floresta
ombrófila densa, floresta ombrófila aberta, floresta estacional semidecidual
tropical, cerrado e áreas de transição. Na região centro-leste do estado,
observa-se a presença de vegetação campestre associada ao cerrado, também
conceituada vegetação de transição, floresta ombrófila e mata ciliar.
Caracterizando os domínios
vegetais observa-se: formação de florestas (árvores de pequeno, médio e grande
porte, variando entre quatro e cinquenta metros de altura), floresta ombrófila
(vegetação arbórea típica de regiões chuvosas), floresta estacional
semidecidual (vegetação arbórea apresentando-se em determinados períodos
recoberta por folhagem geralmente esverdeada e no período de estiagem torna-se
uma vegetação caducifólia – perda total da cobertura vegetal), cerrado
(vegetação com tamanho diversificado, apresentando plantas rasteiras
(gramíneas), arbustivas (plantas com muitos galhos, retorcidas, casca grossa e
poucas folhas, com altura entre cinquenta centímetros e dois metros) e arbóreas
(árvores com troncos retorcidos, casca grossa, muitos galhos e poucas folhas)
geralmente apresentam raízes profundas (devido a deficiência hídrica) e durante
os meses de estiagem a folhagem passa de um tom esverdeado para amarelado,
tornando-se uma vegetação ressequida com aspecto de plantas sem vida).
As atuais áreas de cerrado e de
vegetação de transição são fortemente exploradas pela pecuária extensiva, onde
os animais são criados soltos, aproveitando a vegetação natural sem a
necessidade da prática do desmatamento. Nas áreas de cobertura vegetal do tipo
floresta, ocorreu um intenso desmatamento, sendo transformadas em pastagens
artificiais.
Os solos da região em destaque
apresentam pequena diversidade, podendo considerá-los pobres ou de pouca
fertilidade, principalmente os que apresentam carência de cálcio, potássio,
nitrogênio ou outro nutriente importante para as plantas. Tal conceito é
relativo, pois atualmente é possível tornar fértil um solo pobre com a
utilização de modernas tecnologias, sendo o uso inadequado alvo passível de
empobrecimento da área que pode também iniciar um processo de desertificação.
A maior parte dos solos férteis
localiza-se ao longo do eixo da rodovia BR-364. De acordo com LIMA (1997)¹:
...algo em torno de
80% (oitenta por cento) da área estadual serve para atividades agropastoris;
25% (vinte e cinco por cento) não apresentam limitações para uso; 15% (quinze
por cento) possuem ligeira limitação de uso devido a possível ação erosiva; 38%
(trinta e oito por cento) apresentam limitações ao uso por estarem muito
expostos a ação do tempo; e 6% (seis por cento) são aptos a prática da
pecuária.
Constatam-se dois grandes
domínios de solos na porção centro-leste do estado:
-
solos argilosos de mediana profundidade, ricos em minerais ferromagnesianos
ocorrendo nas porções do latossolo vermelho e amarelo entre os municípios de
Ouro Preto e Ariquemes;
-
solos podzólicos vermelho amarelado de pouca profundidade, classificados como
arenoso na superfície e argiloso na porção inferior, ocorrendo a formação de
cascalhos desde a nascente do rio Ji-Paraná no município de Pimenta Bueno até
sua foz no rio Madeira após a cidade de Porto Velho.
A prática da pecuária intensiva
possibilita a conservação dos solos, pois geralmente ocorre uma rotatividade de
animais dentro de um espaço restrito, permitindo o cultivo de pastagens
diversificadas com algumas espécies arbóreas e até mesmo o desenvolvimento de
capineiras (algumas espécies de cana-de-açúcar destinadas a bovinos ou
bubalinos). Os animais também podem ficar confinados por um período maior,
recebendo alimentação em superfícies adequadas. Quanto à prática extensiva
constata-se que, um número menor de animais por hectare pode levar a uma
conservação do solo e posterior adubação natural com a decomposição do estrume
dos animais. Quando ocorre uma intensificação de animais por hectare, pode
ocorrer um processo de compactação do solo por pisoteio, o que pode levar a um
processo de desmineralização, aridez e consequentemente, em longo prazo, a
desertificação da área, como tem ocorrido em algumas regiões do Rio Grande do
Sul.
Os domínios climáticos da região
são equatorial e tropical, podendo constatar em alguns anos a friagem, fenômeno
que ocorre geralmente no mês de julho, com a passagem da massa de ar polar
atlântica.
O clima equatorial é marcado
pelas elevadas temperaturas durante todo o ano (entre 25° e 40° C) e chuvas
distribuídas entre os meses de outubro e maio (média de 2500 mm), sendo que, de
maio a outubro ocorre o período de estiagem (média de 250 mm). O clima tropical
apresenta verões quentes (entre 20° e 30°C) e chuvosos (média de 1700 mm), os invernos
deveriam ser brandos e secos, porém as baixas latitudes e a forte influência do
clima equatorial faz com que as temperaturas oscilem acima de 20º C. Quando
ocorre o fenômeno friagem, as baixas altitudes no interior do estado permitem a
passagem da massa polar atlântica, provocando quedas de temperatura abruptas
(exemplo: de 25º C para 13º C).
Estes domínios climáticos não
são favoráveis ao desenvolvimento de um plantel com animais típicos das regiões
sul e sudeste (raça holandesa), porém observa-se em grande escala criações de
animais girolando (cruzamento das raças gir com holandês) e gir leiteiro, que
se adaptam as condições climáticas do estado.
Na porção centro-leste do estado
localiza-se uma extensa área de planaltos residuais sul-amazônicos, formados na
era geológica arqueozoica, sendo sua constituição superficial associada aos
sedimentos oriundos da decomposição do planalto mato-grossense, das chapadas
dos Pacaás Novos e dos Parecis, dos inselbergs, dos morros isolados e algumas
cristas regionais. Na região também são encontrados afloramentos graníticos,
lateritos e matacões de tamanhos diversos. As superfícies aplainadas apresentam
rochas sedimentares do pleistoceno, resultantes da ação erosiva ocorridas em
períodos geológicos anteriores, o que possibilita a presença de um clima seco
com escassa cobertura vegetal. Localizam-se nesta porção do relevo, alguns
lajeados e cachoeiras que afloram no médio curso do rio Ji-Paraná (Dois de
novembro, São Vicente, Quatro de março, São Francisco, Tabajara e Quatá). Nas
proximidades com o estado do Mato Grosso localizam-se as serras São João e
Machado, divisores das bacias hidrográficas dos rios Ji-Paraná (Machado) e Roosevelt.
De acordo com LIMA ², a chapada dos Pacaás Novos também é um divisor de águas
das bacias Ji-Paraná e Roosevelt.
Um importante fator para
alteração do modelado na superfície é a ação de agentes externos (influenciado
pelo tempo – tendo como elementos básicos o vento, a temperatura e a umidade)
que ocasionam o intemperismo e a erosão. O intemperismo pode ser físico,
químico ou biológico, retratando-se como processo lento que pode durar meses ou
anos. O fenômeno físico ou mecânico é provocado principalmente pela variação de
temperatura que pode ocorrer num mesmo dia ou no transcorrer de um ano ou mais.
O fenômeno químico é ocasionado pela ação da água que desagrega os minerais
compostos numa superfície rochosa, podendo iniciar o processo de formação do
solo superficial. O intemperismo biológico é ocasionado pela ação de
decomposição das rochas através da atividade de seres vivos (animais, vegetais,
fungos, bactérias e insetos). O processo erosivo está relacionado diretamente
com a ação do tempo em curto período, sendo também caracterizado pelas
alterações climáticas de determinadas áreas.
_________________________________________
¹,
² LIMA, Abnael Machado de. Terras de Rondônia. 1997.
Após
a leitura, você constatou algumas palavras e termos de difícil compreensão.
1ª
No próprio texto, marque (sublinhe ou destaque) as palavras que você desconhece
ou considera de difícil compreensão.
2ª
Em seguida, faça uma lista em ORDEM ALFABÉTICA. Lembre-se não tem limite de
palavras.
3ª
Para você, o texto não tem tema e nem título. Qual seria o tema que você daria
para o texto? E agora você pode também
dar um título para ele!
4ª
O que é pecuária?
5ª
Existem quantos tipos de pecuária?
6ª
Descreva as características que diferenciam a prática da pecuária intensiva
para a prática da pecuária extensiva:
7ª
O que deve ser necessário para o desenvolvimento da pecuária numa determinada
região?
8ª
Nos 3º, 4º e 5º § (parágrafos) foram descritos alguns aspectos da vegetação de
nosso estado. Elabore uma tabela com o domínio vegetal, suas características
naturais, alterações antrópicas (realizadas pelo ser humano), atividades
econômicas aplicadas em cada domínio e se há preservação ambiental ou não.
Exemplo
da tabela.
Domínio de vegetação
|
Características naturais
|
Alterações antrópicas
|
Atividades econômicas
|
Preservação ambiental
|
-
floresta ombrófila densa.
|
Vegetação
arbórea fechada, isto é, copas que se encontram, dificultando a entrada do
sol até a superfície, mantendo o solo sempre umedecido.
|
Desmatamento
para exploração de madeiras e transformação do espaço para o desenvolvimento
da pecuária extensiva e intensiva.
|
.
Extrativismo vegetal;
.
Caça e pesca;
.
Pecuária de corte; e
.
Pecuária leiteira.
|
.
Na áreas próximo aos rios é possível observar a preservação das matas;
.
Na áreas afastadas dos rios ocorre um intenso desmatamento.
|
-
floresta ombrófila aberta.
|
||||
-
floresta estacional semidecidual tropical.
|
||||
9ª
O que é solo?
10º
O que é necessário para classificar um solo como fértil ou de pouca
fertilidade?
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