segunda-feira, 9 de setembro de 2013

CENTRO SUL BRASILEIRO

EEEFM Janete Clair                                                                                                                                        Data:____/____/2013
Professor: Gilberto             Disciplina: Geografia                                                                             Turma: ______  A  /  B  /  C
Aluno: ___________________________________________________________________
ATIVIDADE AVALIATIVA
 CENTRO SUL BRASILEIRO


 A região Centro Sul é uma região de economia mais dinâmica do país, produzindo a maior parte do PIB nos setores agrário, industrial e de serviços, além de concentrar a maior parte da população. Apesar da maior dinamicidade, o Centro-Sul possui também as contradições típicas do desigual desenvolvimento sócio-econômico brasileiro.
O Centro-Sul pode ser sub-dividido em:
PARTE MERIDIONAL DA REGIÃO CENTRO-OESTE
Área que possui uma população ainda reduzida e constitui, historicamente uma zona de expansão da economia paulista, o que explica a presença do maior rebanho bovino brasileiro.
Organização Econômica
A principal atividade econômica do Centro-Oeste é a pecuária bovina extensiva que imprimiu a estrutura latifundiária desde a crise da mineração, no século XVIII. Há também, extrativismo mineral e vegetal, sendo que agricultura ampliou-se com a abertura das fronteiras agrícolas de exportação. Este fato provocou intenso conflito pela terra, agravado pelo intenso fluxo migratório.
Pecuária: Goiás e Pantanal (bovinos) - abastecimento dos frigoríficos do oeste Paulista.
A região sofre grandes alterações a partir da década de 70, com a expansão da fronteira agrícola e as pesquisas que viabilizaram o avanço da soja pelo cerrado, como por exemplo, o processo da calagem, adição de calcário ao solo.
O enorme crescimento da agricultura na região vem determinando a necessidade de alternativas de transportes, como a hidrovia do rio Madeira e a Ferronorte.
Com uma superfície de 577.723 km², a Região Sul compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, constituindo a única região brasileira não tropical.
O relevo do Sul é formado em sua maior parte pelo Planalto Meridional, que apresenta três patamares limitados por escarpas: ao longo do litoral, ergue-se a primeira escarpa, de altitudes mais elevadas - a Serra do Mar, mais para interior, estende-se um planalto cristalino; a seguir a chamada "Serrinha" forma uma nova escarpa é a Serra Geral, limite do planalto basáltico que se estende até o vale do rio Paraná.
No extremo sudoeste do Rio Grande do Sul, desenvolve-se a Campanha Gaúcha, parte brasileira da vasta planície platina (o Pampa).
O clima do sul é subtropical úmido fatos que individualiza a região no conjunto brasileiro. A pluviosidade é bem uniforme, e as temperaturas médias são abaixo de 22ºC, registrando-se as mínimas nas zonas mais elevadas onde ocorrem a neve ocasional.
Na vegetação original do Sul, predominavam as formações florestais: a Mata Atlântica, junto ao litoral; a Floresta Tropical, no norte do Paraná; a Floresta Subtropical com pinheiros (Mata de Araucária).
O Celeiro do País
A Região Sul possui, atualmente, uma economia agrícola altamente desenvolvida, que vem passando por um intenso processo de modernização, tornando-se uma atividade cada vez mais mecanizada e capitalizada.
O norte do Paraná,  constitui a área agrícola mais desenvolvida do estado, com uma estrutura fundiária baseada em médias propriedades. Embora o café tivesse sido o principal produto da região, seu cultivo tem perdido o caráter monocultor, com a diversificação das lavouras comerciais (soja, trigo, arroz).
O restante do estado tem uma produção agropecuária ampla e variada, além da exploração madeireira. Curitiba é a metrópole da região, com um parque industrial de certo vulto e com crescimento.
O Vale do Itajaí, ao norte da encosta catarinense, é a zona mais dinâmica de Santa Catarina: vales profundos, caracterizam essa área de colonização italiana e alemã. Blumenau é o maior centro industrial da região.
A zona serrana gaúcha é uma área de colonização alemã e italiana, apresentando uma estrutura fundiária calcada na pequena propriedade. À produção agrícola, extremamente diversificada, vem se somar uma importante atividade pecuária, que alimenta uma próspera indústria frigorífica e de laticínios. Por isso mesmo, o setor agro-industrial foi o que mais cresceu no Sul, no início da década de 90.
No Centro-Sul gaúcho, destacam-se duas áreas: a região de Porto Alegre, metrópole que tem expressivo desenvolvimento industrial, a "campanha", caracterizada pelos grandes estabelecimentos pastoris - as estâncias, onde predomina uma pecuária extensiva melhorada.
Hidrografia
Dentro do complexo regional do centro sul localizam-se bacias de importância nacional, tais como a bacia do Paraguai (explorada pela pesca, navegação e turismo), a bacia do Paraná (muito explorada para geração de energia, destacando a usina binacional de Itaipu, entre outras dezenas de usinas. Também explorada pela navegação, irrigação, pesca e turismo), a bacia do Uruguai (explorada para irrigação e turismo), a bacia do sudeste sul (explorada pelo turismo e geração de energia), a bacia do São Francisco (pequena parte onde se localiza a nascente e a usina de Três Marias, também é explorada para irrigação e pesca) e a bacia do Tocantins - Araguaia (onde está localizada as nascentes destes dois rios).
Vegetação
A Região Centro-Sul possui vários ecossistemas. Se destacam a Mata Atlântica, com diversas espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção. O
 Cerrado localizado em Goiás, Mato Grosso, parte de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e parte do centro-norte de São Paulo, caracterizado pelas árvores retorcidas com raízes profundas, caule muito duro e com folhas que secam no inverno. Este domínio é ameaçado pela agricultura comercial de cana, soja milho e extensas pastagens.
No Paraná se destaca a Mata de Araucárias, que têm como característica árvores muito grandes que resistem ao frio da região e que produzem a sua semente conhecida como pinhão, que é usada nas festas tradicionais e muito apreciada no exterior.
Na região Centro-oeste tem a formação do campo limpo; campo sujo; campo cerrado; cerrado típico; cerradão, todos sendo extintos por invasão e queima da madeira para uso do carvão;
População
O processo de ocupação da região, inicia-se com o gado da Campanha Gaúcha. Oriundo de São Vicente, tal prática se desenvolve nas pastagens naturais do sul, não ficando nas matas e serras da região. Impõe o latifúndio, ocupa, mas não estabelece grandes núcleos de povoamento, confundindo-se com as fronteiras castelhana. No litoral do Rio Grande houve, também, no período colonial, o povoamento com casais açorianos, indo até mais para o interior (depressão) e fundando Porto Alegre (Guaíba).
A mineração do século XVII gerou um povoamento com núcleo até Laguna, pelo estreito litoral sul. Laguna era em fins do século XVII, o ponto de apoio da ocupação brasileira no Sul, visando a Sacramento, no estuário do Prata.
No século XIX chegam os imigrantes. Vão estabelecer-se nas matas e serras pouco valorizadas pela pecuária, e só usam a região como trânsito para a venda nas feiras e São Paulo (exemplo Sorocaba), para abastecer a área mineradora. Estes imigrantes vão:
Imprimir a pequena propriedade; 
Desenvolver a agricultura associada à pecuária; 
Desenvolver a agricultura de subsistência que dará origem à policultura; 
Desenvolver a mão-de-obra familiar.
Imigrantes alemães nos vales férteis; italianos nas encostas; eslavos no oeste e japoneses no norte do Paraná, configuram o ciclo de povoamento. Hoje a região perde população para o Centro-Oeste, para a Amazônia e até para fora do País.
Fato determinado pelos seguintes aspectos:
Divisão das propriedades pela herança
Minifúndios absorvidos por latifúndios com culturas de exportação, a exemplo da soja.
Economia
A existência de extensas áreas de pastagens naturais favoreceu o desenvolvimento da pecuária extensiva de corte na região Sul, há o predomínio da grande propriedade e o regime de exploração direta, já que a grande criação é extensiva, exigindo poucos trabalhadores, o que explica o fato de haver uma população rural pouco numerosa na região. A areal ambiental degradada já traz prejuízo bilionário para a agricultura.
A agricultura, que é desenvolvida em áreas florestais, com predomínio da pequena propriedade e do trabalho familiar, foi iniciada pelos europeus, sobretudo alemães, que predominaram na colonização do sul. A policultura é a prática comum na região às vezes com caráter comercial, sendo o feijão, a mandioca, o milho, o arroz, a batata, a abóbora, a soja, o trigo, as hortaliças e as frutas os produtos mais cultivados.
Em algumas áreas, a produção rural está voltada para a indústria, como a cultura da uva para a fabricação de vinhos, a de tabaco de óleos vegetais, a criação de frangos e porcos (associadas à produção de milho) para abastecer as usinas de leite e fábricas de laticínios.
Diferente das regiões agrícolas "coloniais" é o norte do Paraná, que está relacionado com a economia do sudeste, sendo uma área de transição entre São Paulo e o Sul. Seu povoamento está ligado à expansão da economia paulista.
O extrativismo vegetal é uma atividade de grande importância no sul do país e o fato de a Mata das Araucárias ser bastante aberta e relativamente homogênea facilita a sua exportação. As espécies preferidas são o pinheiro-do-paraná, a imbuia e o cedro, aproveitados em serrarias ou fábricas de papel e celulose.
A região Sul é pobre em recursos minerais, devido à sua estrutura geológica. Lá há a ocorrência de cobre no Rio Grande do Sul e chumbo no Paraná, mas o principal produto é o carvão-de-pedra, cuja extração concentra-se em Santa Catarina. É utilizado em usinas termelétricas locais e na siderurgia (misturado ao importado).
A região Sul é a segunda mais industrializada do país, vindo logo após o Sudeste. A principal característica da industrialização do sul é o fato de as atividades rurais comandarem a atividade industrial. Assim, somente as metrópoles de Porto Alegre e Curitiba não se encaixam no esquema agro-industrial predominante na região. Porto Alegre é o maior centro urbano-industrial, onde se localizam indústrias metalúrgicas, químicas, de couros, de bebidas, de produtos alimentícios e têxteis.
Já a industrialização de Curitiba, o segundo maior centro industrial, é mais recente, destacando-se suas metalúrgicas, madeireiras, fábricas de alimentos e do ramo automobilístico.
As demais cidades industriais da região são geralmente mono-industriais ou então abrigam dois gêneros de indústrias, como Caxias do Sul (bebidas e metalurgia), Pelotas (frigoríficos), Lages (madeiras), Londrina (alimentos), Blumenau e Joinville (indústria têxtil), estas duas localidades no Vale do Itajaí, a região mais próspera de Santa Catarina.
SUDESTE
O sudeste é a região mais desenvolvida do Brasil, registrando em relação ao conjunto do país, uma participação de cerca de 55% no Produto Interno Bruto (PIB), de 66% no valor da produção industrial, e concentrando 58% de pessoal ocupado na indústria.
O processo de industrialização ocorrido no Brasil a partir da década de 50, apoiado tanto na entrada maciça do capital estrangeiro, quanto na iniciativa privada nacional e na própria intervenção estatal, baseou-se no desenvolvimento dos setores mecânico, metalúrgico, químico, de material elétrico e de transportes, consolidando-se a região como centro da economia nacional.
Desde então, aqueles setores industriais acusam participação crescente no Sudeste, em detrimento das indústrias tradicionais (têxtil, alimentos e bebidas, que vêm-se registrando uma queda relativa). Essa tendência vêm-se afirmando no conjunto da região, embora o desenvolvimento das indústrias seja diferenciado ao nível dos estados.
São Paulo destaca-se no contexto nacional como o estado de maior concentração industrial, especialmente no tocante à indústria pesada. E o interior do estado já desponta hoje como o segundo mercado interno do País.
Minas Gerais constitui o segundo centro industrial do País, com uma participação de cerca de 10% no valor da produção nacional. Em linhas gerais, a região da Grande São Paulo abrange o maior parque industrial da América Latina, além de constituir o maior centro comercial e financeiro do país.
A riqueza de recursos minerais esteve na base do grande desenvolvimento das indústrias siderúrgica e metalúrgica do Estado de Minas. A maior parte da produção brasileira de ferro ainda provém do "Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais", sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais desse minério.
O Rio de Janeiro apesar de estagnado na metade dos anos 90, vem crescendo na última metade através de um processo de "renúncia fiscal" e dos novos ramos privatizados, os da telecomunicação e da siderurgia. A economia do Rio de Janeiro porém, tem sua maior perspectiva no crescimento da indústria do petróleo (extração, construção naval, plataformas, óleos e gasodutos, pólo gás químico e novas empresas que ganharam concessão de exploração).
A produção de termeletricidade também tende a crescer em função de novos investimentos privados e estatais (Angra II).
O problema do Rio de Janeiro é basicamente para consumo interno e necessariamente exige importação de alimentos e insumos agrícolas.
Outro setor de crescimento é o turismo - "a venda do local" - hoje principalmente interna é a rede de escolas e universidades que atrai investimentos diretos.
Organização Econômica
A importância histórica desta região data do desenvolvimento da atividade mineradora, quando o eixo econômico e político do país transferiu-se para o Centro-Sul. Após a mineração, o café, no Século XIX, valorizou também a área, tanto no Vale do Paraíba Fluminense como no Paulista, assim como, no Século XX, este produto impulsiona o oeste de São Paulo. Manteve, no entanto, a estrutura fundiária do latifúndio neocolonial exportador, sendo que no Rio Paraíba utilizou-se da mão-de-obra escrava negra.
Na Era Vargas esta região encontrou sua vocação industrial. O capital do café e o esforço do Estado vão transformá-la em um grande centro industrial, sobretudo, nas metrópoles nacionais de São Paulo e Rio de Janeiro, e na regional de Belo Horizonte.
Urbana e industrial, esta região apresenta algumas características marcantes:
Agricultura - Como produção elevada - cana-de-açúcar, café, soja, milho e arroz, utiliza-se, porém, da mão-de-obra temporária ou boia-fria, mostrando aí seus graves contrastes sociais e espaciais: ao lado de uma agricultura moderna há estruturas arcaicas, como a questão social, técnica e política do Vale do Jequitinhonha e norte de Minas Gerais, por exemplo; 
Pecuária - Dinâmica, não só para o abastecimento da carne, como de leite e derivados. Destacam os rebanhos de Minas Gerais e São Paulo.
Concentração Industrial - Destacamos quatro espaços industriais importantes: São Paulo, Rio de Janeiro, área do Quadrilátero Ferrífero e cidades médias do oeste paulista.
Extrativismo Mineral - Extração de ferro no Quadrilátero de Minas Gerais, que destinado ao mercado externo (porto e usina de Tubarão - E.F.Vitória - Minas). Extração de petróleo - bacia de Campos-Macaé.
Crise Social - Nas metrópoles do Sudeste, destacamos o grave problema da segregação espacial. Mesmo com a redução da migração, a favelização amplia-se, fato que constata o elevado processo de segregação do espaço geográfico, com a favelização e a formação de uma enorme periferia urbana.
Crise Ambiental - Desmatamento, retirada do mangue, poluição da Baía de Guanabara, deslizamento de encostas, problema do lixo, etc. , são tônicas na vida da região. A industrialização e a exploração econômica acelerada, sem respeito ao meio ambiente e visando ao lucro imediato, seguindo modelos externos, são fatores geradores desta crise vivenciada pela mais dinâmica região do país.

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